A semana que se inicia é a última de trabalhos legislativos. Os deputados e senadores tentam resolver nos próximos dias as pendências que restam para sair para o recesso. Está marcada uma reunião de líderes na Câmara nesta 2ª feira (15.dez.2025), às 16h, para bater o martelo sobre o que será votado.
Há descontentamento de deputados e senadores sobre as emendas do Orçamento de 2025. Querem que o dinheiro seja liberado na semana que se inicia. Mas o governo diz que será até o final de dezembro. O governo ainda tem R$ 11,5 bilhões para reservar (empenhar) neste ano. Liberou até agora 77,1% dos R$ 50,4 bilhões reservados no Orçamento. O pago até agora são R$ 27,3 bilhões (54,4%).
A principal pauta da semana é a votação da LOA (Lei de Orçamento Anual) de 2026. Congressistas têm receio de votar o Orçamento só em troca da promessa do Executivo de que as emendas serão pagas. As impositivas, por lei, têm de ser empenhadas até 31 de dezembro.
Também pesa contra o Planalto a insatisfação dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) com o STF (Supremo Tribunal Federal) e as recentes decisões tomadas para investigar o pagamento de recursos.
Congressistas avaliam que os obstáculos contra as emendas são parte da coordenação do Planalto e do Supremo para reduzir o poder do Legislativo sobre os gastos públicos.
Não deve se dissipar na semana que começa o clima ruim que se formou depois da operação da PF (Polícia Federal) que mirou na última semana Mariângela Fialek, a Tuca, ex-assessora de Arthur Lira (PP-AL) durante o período em que ele presidiu a Câmara, de 2021 a 2025.


