O talco Baby Powder parou de ser fabricado em 2023 e foi substituído por produtos a base de amido de milho Firdous Nazir/NurPhoto via Getty Images A Johnso O talco Baby Powder parou de ser fabricado em 2023 e foi substituído por produtos a base de amido de milho Firdous Nazir/NurPhoto via Getty Images A Johnso

Johnson & Johnson é condenada a pagar R$ 8,3 bilhões a moradora de Maryland em caso de câncer ligado a talco

2025/12/24 20:43
O talco Baby Powder parou de ser fabricado em 2023 e foi substituído por produtos a base de amido de milho — Foto: Firdous Nazir/NurPhoto via Getty Images O talco Baby Powder parou de ser fabricado em 2023 e foi substituído por produtos a base de amido de milho — Foto: Firdous Nazir/NurPhoto via Getty Images

A Johnson & Johnson foi condenada a pagar mais de US$ 1,5 bilhão (aproximadamente R$ 8,3 bilhões) em um processo que alegava que seus produtos de higiene pessoal à base de talco causaram câncer em Cherie Craft, moradora de Maryland, nos Estados Unidos.

De acordo com o The Wall Street Journal, o júri do Tribunal do Circuito da Cidade de Baltimore concedeu a Craft US$ 59,84 milhões (R$ 330,3 milhões) em indenização por danos e impôs indenizações punitivas de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões) contra a empresa e de US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões) contra a sua subsidiária Pecos River Talc.

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Os advogados da vítima disseram que esse veredito é o maior já proferido contra a Johnson & Johnson em relação a um único demandante. No processo, Craft alegou que o talco para bebês da companhia a expôs ao amianto, o que desencadeou um câncer de mesotélio (membrana que reveste órgãos como pulmões, abdômen e coração).

“O câncer de Craft era evitável”, disse a advogada Jessica Dean, sócia da Dean Omar Branham Shirley, ao WSJ. “Ela usou o talco Johnson's Baby todos os dias da sua vida até ser diagnosticada com câncer.”

O problema da Johnson & Johnson com seus produtos a base de talco começou a ganhar destaque na década de 1990, e se transformou em uma grande onda de litígios jurídicos principalmente a partir de 2016, quando um júri nos Estados Unidos ordenou um pagamento significativo em um processo por câncer associado ao uso do talco produzido pela empresa.

Desde então, a Johnson & Johnson já enfrentou milhares de processos associando seu talco para bebê com câncer. Os processos alegam que o talco da J&J estava contaminado com amianto, um conhecido carcinógeno, frequentemente encontrado perto de depósitos de talco, e que a empresa sabia dessa contaminação, mas a escondeu dos consumidores.

A Johnson & Johnson parou de vender talco para bebês nos EUA e no Canadá em 2020 e globalmente até 2023, alegando razões comerciais, mas a preocupação pública e os processos judiciais foram fatores importantes. O produto foi trocado por outro à base de amido de milho.

“Esses processos judiciais são baseados em ‘pseudociência’, refutada por décadas de estudos que demonstram que o Talco Johnson’s Baby é seguro, não contém amianto e não causa câncer”, disse Erik Haas, vice-presidente mundial de litígios da Johnson & Johnson, em um comunicado.

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