O economista americano Peter Schiff criticou o Trump Media & Technology Group (NASDAQ: DJT), argumentando que a empresa carece de qualquer valor intrínseco significativo para além da sua associação ao Presidente Donald Trump.
Os comentários surgem quando a DJT atrai atenção renovada na sequência da sua mais recente mudança estratégica, uma proposta de fusão com a empresa de energia de fusão TAE Technologies.
De acordo com a avaliação de Schiff, a evolução da DJT aponta para a ausência de um modelo de negócio subjacente coerente, conforme descrito numa publicação no X a 18 de dezembro.
A empresa foi inicialmente lançada como uma plataforma de redes sociais centrada na Truth Social, posicionando-se como uma alternativa às redes convencionais. À medida que o crescimento estagnou e os desafios de monetização persistiram, a DJT ampliou as suas ambições, reposicionando-se como uma entidade focada em tecnologia financeira e criptomoedas com planos de deter Bitcoin como um ativo principal de tesouraria.
Segundo o economista, a mais recente reorientação para a energia avançada através de uma fusão de milhares de milhões de dólares representa mais uma reinvenção dramática.
A crítica de Schiff centra-se na ideia de que estas mudanças estratégicas não são impulsionadas por sinergias operacionais ou potencial de fluxo de caixa comprovado, mas pelo capital político percebido associado à marca Trump.
Desta perspetiva, o principal ativo da DJT não é a tecnologia, o alcance mediático ou a especialização em energia, mas a proximidade ao poder político. A fusão com uma empresa de energia de fusão intensiva em capital e fortemente regulamentada realça a visão de que o acesso à influência e as expectativas de tratamento favorável podem superar o valor dos negócios subjacentes.
Acordo DJT – TAE Technologies
A proposta de fusão totalmente em ações com a TAE Technologies avalia a entidade combinada em mais de 6 mil milhões de dólares. Transformaria efetivamente a DJT numa das poucas empresas cotadas em bolsa ligadas à investigação de fusão nuclear.
A gestão enquadrou o negócio como uma aposta a longo prazo em energia limpa e no aumento da procura de energia por parte de centros de dados e infraestruturas de inteligência artificial.
Os planos delineados pelas empresas incluem a construção numa fase inicial de uma instalação de fusão de escala industrial no final da década, embora a viabilidade comercial permaneça incerta.
A reação do mercado ao anúncio da fusão tem sido volátil, com as ações da DJT a registar ganhos acentuados na sequência da notícia. No fecho da sessão de sexta-feira, a DJT estava a ser negociada a $16,09, terminando o dia com uma subida de mais de 8%. Nos últimos cinco dias, as ações subiram mais de 50%.
Gráfico de preço das ações da DJT de 5 dias. Fonte: FinboldO negócio pode ser visto como uma oportunidade bem-vinda para os investidores, considerando que a DJT tem enfrentado dificuldades durante grande parte do ano, com as ações a cair mais de 50% no acumulado do ano.
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Fonte: https://finbold.com/american-economist-blasts-trumps-djt-for-lacking-intrinsic-value/


