O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) apresentou na 5ª feira (18.dez.2025) um requerimento na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) para que Fábio Luís Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seja convocado para depor.
Conhecido como Lulinha, ele é suspeito de receber uma “mesada” de Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS. Na 5ª feira (18.dez), o presidente afirmou que o filho será investigado se estiver “metido” com as fraudes no instituto. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) declarou nesta 6ª feira (19.dez) que governistas tentam barrar a as investigações da comissão.
Assista ao vídeo de van Hattem:
“Vamos ver se o que você [Lula] está falando é, mais uma vez, uma bravata para iludir a população ou se o PT vai querer investigar mesmo o Lulinha”, afirmou.
A oposição já havia requerido a presença de Lulinha na CPMI. No dia 4 de dezembro, a comissão rejeitou o pedido: foram 19 votos contra e 12 a favor. A votação foi uma vitória do governo.
Uma reportagem do Poder360 publicada em 4 de dezembro mostrou que Edson Claro, ex-funcionário do Careca do INSS, disse em depoimento que Lulinha recebeu pagamentos do empresário suspeito. Essa quantia era tratada como “mesada”. O filho do presidente também viajou com o Careca, segundo as investigações. A defesa de Lulinha chamou a acusação de “absolutamente pirotécnica”.
Moro criticou a conduta da base governista. Em publicação em seu perfil no X, escreveu: “a base do governo atua, na CPMI do INSS, para impedir a investigação contra ele, barrando quebras de sigilo fiscal e bancário e convocação de testemunhas”.
Congressistas da oposição já haviam criticado a conduta de Lula em relação às investigações sobre os débitos indevidos em aposentadorias. Em outubro, o presidente da comissão, Carlos Viana (Podemos-MG), fez o requerimento da convocação do irmão do petista, José Ferreira da Silva, o Frei Chico. O pedido também foi rejeitado, com 19 votos contra e 11 a favor.
Frei Chico é vice-presidente do Sindnapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos). O sindicato é um dos alvos da operação Sem Desconto.

