O mercado de criptomoedas registra quedas significativas nesta quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, com Bitcoin (BTC) cotado em torno de US$ 86 mil e Ethereum (ETH) sofrendo perdas ainda maiores. A capitalização total do mercado cripto caiu abaixo de US$ 3 trilhões pela terceira vez no mês, testando suportes críticos em US$ 2,81-2,73 trilhões.
As quedas são impulsionadas principalmente por liquidações de posições alavancadas, com US$ 576 milhões em posições compradas liquidadas nas últimas 24 horas. Bitcoin e Ethereum lideram as perdas, enquanto altcoins como Hyperliquid (HYPE) caem 9,4%, refletindo estresse generalizado no mercado.
O Bitcoin, após queda de 4,1% em 16 de dezembro, agora testa suportes críticos em US$ 85.200. Para uma recuperação, o ativo precisaria superar a resistência em US$ 90.700, um movimento que ainda não se materializou.
A queda das criptomoedas não ocorre isoladamente. O mercado global enfrenta uma combinação de fatores que aumentam a aversão ao risco:
Dados de Emprego Mistos nos EUA: A folha de pagamento não agrícola de novembro de 2025 veio em 64 mil vagas, acima da previsão de 25 mil, mas a taxa de desemprego subiu para 4,6%, a maior desde 2021. Revisões de outubro mostraram forte queda no emprego público, parcialmente devido à paralisação do governo.
Mercados de Ações em Queda: As ações caíram pelo terceiro dia consecutivo em reação às incertezas econômicas. Os rendimentos dos Treasuries recuaram, com o Treasury de 10 anos caindo cerca de 7 pontos-base para aproximadamente 4,10%.
Volatilidade no Brasil: A bolsa brasileira caiu 2,42% em um dia de forte volatilidade, com indefinição sobre juros domésticos e externos. O dólar comercial avançou 2,38% em dezembro, refletindo fuga de ativos e incerteza política e monetária.
Além dos fatores macroeconômicos, a geopolítica global está redefinindo o cenário econômico de forma profunda. A nova Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos prioriza o interesse nacional e esferas de influência bilaterais, reduzindo aposta no multilateralismo.
Isso resulta em:
Apesar da volatilidade atual, 2025 foi um ano significativo para Bitcoin em Washington. O ativo ganhou tração política com discussões sobre Reserva Estratégica de BTC e separação de outras criptomoedas. Previsões de analistas incluem Bitcoin atingindo US$ 150 mil até 2026, embora a volatilidade recente questione esse cenário otimista.
Para mercados emergentes como o Brasil, a combinação de dados econômicos mistos, incerteza sobre trajetória de juros e pressões geopolíticas sugere maior volatilidade no curto prazo. Classes defensivas e renda fixa de curto prazo podem atrair demanda enquanto a sinalização dos bancos centrais não ficar mais clara.
Em contraste, a Argentina registrou crescimento de 3,3% no terceiro trimestre de 2025 (0,3% trimestral), com recuperação impulsionada por investimento fixo e setores como mineração e serviços. O governo projeta expansão robusta para 2025, embora analistas mantenham cautela sobre sustentabilidade.
Os próximos movimentos do Bitcoin e dos mercados globais dependerão de:
Investidores e analistas monitoram atentamente esses fatores, pois a volatilidade atual reflete não apenas dinâmicas de mercado cripto, mas uma reconfiguração mais ampla da economia global em contexto de tensões geopolíticas crescentes.
O mercado de criptomoedas enfrenta pressão significativa em 17 de dezembro de 2025, refletindo aversão ao risco global. Bitcoin em US$ 86 mil, queda de Ethereum e liquidações massivas indicam que o mercado cripto permanece sensível a desenvolvimentos macroeconômicos e geopolíticos. A incerteza sobre política monetária, dados de emprego e tensões comerciais globais continuará moldando a volatilidade nos próximos dias.


