O Bitcoin (BTC) registrou ganhos no fim da tarde desta terça-feira (16), em uma tentativa de recuperação após as perdas observadas nesta segunda-feira (15), que reduziram as expectativas quanto a um rali de Natal.
O movimento ocorre em meio à divulgação de indicadores econômicos dos Estados Unidos e à expectativa pela definição do próximo presidente do Federal Reserve (Fed). Para a Oxford Economics, o mercado de trabalho mais resiliente dá respaldo a uma postura mais paciente do Banco Central.
Por volta das 17h30 (horário de Brasília), o bitcoin subia 1,94%, cotado a US$ 87.500. O Ethereum (ETH) avançava 0,85%, a US$ 2.951,26, segundo dados da plataforma Coinbase.
Apesar da alta, a principal criptomoeda do mercado ainda não conseguiu retomar o patamar de US$ 90 mil, operando com ganhos moderados ao longo do dia.
De acordo com o Broadcast, analistas da FxPro avaliam que o comportamento recente dos preços reflete ajustes de portfólio típicos do fim de ano, além de uma retomada pontual do interesse institucional por criptoativos.
Já a Glassnode aponta que a convicção dos investidores segue desigual. Segundo a empresa de análise on-chain, esse cenário mantém o mercado suscetível tanto a novas quedas quanto a períodos de negociação lateral, enquanto não surge uma demanda mais consistente.
No noticiário corporativo, o JPMorgan Chase anunciou o lançamento de um fundo tokenizado em ethereum, chamado Mony — sigla para “My OnChain Net Yield Fund”.
O banco investiu US$ 100 milhões de recursos próprios no fundo e abriu o produto para captação externa nesta terça-feira, ampliando a presença de grandes instituições financeiras no mercado de ativos digitais.
O mercado de criptomoedas também acompanha fatores externos à economia americana. Nesta semana, o bitcoin opera sob pressão adicional diante da expectativa de que o Banco Central do Japão (BoJ) eleve novamente a taxa básica de juros na reunião marcada para sexta-feira (19).
O Japão é um dos principais polos do chamado carry trade, estratégia em que investidores tomam empréstimos em países com juros baixos para aplicar recursos em ativos de maior retorno.
Um aumento nos juros japoneses tende a reduzir esse tipo de operação, afetando fluxos globais de capital, inclusive para mercados considerados mais arriscados, como o de criptomoedas.
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