Porto de passageiros de Manaus custará cerca de R$ 916 mi

A construção do novo terminal para embarque e desembarque de passageiros e cargas em Manaus custará cerca de R$ 916 milhões, segundo edital publicado em junho de 2025 pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).  

A expectativa do governo federal é iniciar as obras em 2026, com prazo de execução estimado em cerca de 24 meses. O transporte fluvial é um dos principais modais de deslocamento na região amazônica.

O processo de licitação para encontrar empresas interessadas e qualificadas para realizar a  obra pública está em curso, segundo o DNIT.

“O edital de licitação da Contratação de Empresa (s) para a elaboração dos projetos básico/executivo e as built de engenharia e a execução das obras e serviços de construção da Manaus Moderna, no Estado do Amazonas, está em curso e está estimado no valor aproximado de R$ 916 milhões”, afirmou por meio de nota enviada ao Poder360.  

Segundo o DNIT, quando definidas e iniciadas as obras, elas representarão um “avanço” para o Estado, com infraestrutura para “sanar a precariedade em que a população enfrenta diariamente ao se utilizar o transporte aquaviário”.

O PROJETO

O novo porto de passageiros da Manaus Moderna é um projeto do governo federal para a principal estrutura de embarque e desembarque fluvial da capital do Amazonas. A obra é coordenada pelo DNIT e integra o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo brasileiro. 

O transporte fluvial de passageiros em Manaus ocorre principalmente na área conhecida como Manaus Moderna, no centro da cidade, às margens do rio Negro. O local funciona como principal ponto de embarque e desembarque para viagens ao interior do Amazonas e a outros Estados da Região Norte.

A operação é feita, em grande parte, por meio de estruturas improvisadas, como flutuantes, balsas e rampas provisórias. Não há um terminal de passageiros formal e integrado, o que obriga usuários a embarcar em áreas abertas, muitas vezes sem cobertura adequada, com circulação simultânea de pessoas, bagagens e cargas no mesmo espaço.

Em períodos de cheia ou vazante, passarelas improvisadas são instaladas para permitir o acesso às embarcações, o que aumenta os riscos de acidentes e dificulta o embarque de idosos, pessoas com deficiência e passageiros com bagagem.

O novo Porto conta com a construção de um terminal de passageiros, com áreas climatizadas, salas de espera, banheiros, bilheterias e espaços administrativos, além de pontes e rampas flutuantes adaptadas à variação do nível do rio Negro. 

O projeto também inclui áreas para cargas e encomendas, estacionamento e integração com o entorno urbano.

O objetivo é substituir a estrutura atual, considerada precária, e “garantir mais segurança, eficiência e dignidade a passageiros, trabalhadores e comunidades ribeirinhas que dependem do transporte fluvial”, segundo o governo federal.