A possibilidade de um ataque quântico aos Bitcoins atribuídos a Satoshi Nakamoto reacendeu o debate sobre riscos extremos no mercado cripto.
Para Willy Woo, mesmo um choque desse tamanho não destruiria a rede, pois investidores veteranos absorveriam a queda.
A possibilidade de um computador quântico hackear os Bitcoin atribuídos a Satoshi Nakamoto voltou ao centro do debate no fim de semana. O tema ganhou força após a divulgação de um cenário extremo de colapso de preços nas redes sociais.
O analista Willy Woo afirmou que, mesmo diante de um ataque desse tipo, investidores veteranos absorveriam a venda.
Segundo Woo, cerca de 4 milhões de BTC estão em endereços do tipo pay-to-public-key (P2PK). Esses endereços expõem a chave pública na blockchain, o que os torna teoricamente vulneráveis no futuro.
Além disso, os Bitcoin de Satoshi nunca foram movidos. Por isso, seguem armazenados nesse formato antigo, diferente dos padrões modernos de endereços.
Entretanto, especialistas destacam que a maioria dos Bitcoin atuais utiliza estruturas mais seguras. Nessas carteiras, a chave pública não fica exposta on-chain, reduzindo o risco quântico.
Adam Back, cofundador da Blockstream, avalia que a ameaça quântica ainda está distante. Para ele, o prazo é de 20 a 40 anos.
James Check reforçou que o maior risco não é técnico, mas psicológico. Segundo ele, não haveria consenso para congelar moedas antigas. Isso poderia gerar pânico e volatilidade extrema.
Portanto, o impacto mais provável seria um choque de mercado, não o fim do Bitcoin.
O debate sobre computação quântica expõe fragilidades históricas, mas também a maturidade do ecossistema.
Apesar dos riscos teóricos, líderes do setor veem tempo e ferramentas para adaptação. O maior desafio, portanto, segue sendo a reação do mercado.
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